(X/ATP)
Jannik Sinner entrou para o seleto grupo de campeões de Grand Slam. O italiano, aos 22 anos, conquistou o Australian Open, superando Daniil Medvedev na final, de virada: 3/6, 3/6, 6/4, 6/4 e 6/3.
A campanha do italiano foi absoluta desde o início. Não perdeu sets até as quartas de final, superou ninguém menos do que Novak Djokovic na semi e teve força para superar seu único momento de desvantagem no torneio, após dois sets contra Medvedev na decisão.
O talento e o potencial de Sinner não são novidade. Em 2019, ano em que completou 18 de idade, já tinha títulos de ITF e Challenger. No mesmo ano, ganhou o NextGen Finals também.
Depois, foi dando seus passos rumo à elite. Ganhou os primeiros ATPs, chegou ao top 10. A evolução foi constante, mas o físico o deixou para trás em alguns momentos. Nos Slams, algumas derrotas também deixaram uma certa impressão de que, talvez, faltasse algo.
Além disso, a ascensão fulminante de Carlos Alcaraz e a chegada com título de M1000 de Holger Rune deram uma impressão de que os dois seriam, eles sim, as caras jovens do circuito.
Inclusive, sua própria equipe reiterou, após o troféu em Melbourne, a importância do sucesso do espanhol, que fez os demais jovens quererem trabalhar mais para chegar perto dele.
2023 já mostrou que Sinner seria parte deste grupo. Jannik fez sua primeira semi de Slam, ganhou o primeiro Masters 1000, chegou ao posto de 4 do mundo, seu melhor ranking até aqui, e venceu Djokovic duas vezes.
Mais do que os resultados em si, a evolução mental, física e tática foi evidente. Se o potencial técnico já era conhecido, a construção como jogador, em todas as frentes, foi marcante. Mérito também da adição de Darren Cahill à sua equipe.
Se 2024 precisaria ser o ano da consolidação no topo, o primeiro título de Grand Slam já marca um novo passo na evolução de Jannik. E, como o próprio Cahill disse após a final, a meta agora é mantê-lo no trilho.
Pelo perfil do italiano, não parece que será difícil. Sinner é focado, entende o que precisa fazer para seguir no topo e quer isso. Fosse diferente, certamente não teria evoluído como evoluiu nestes primeiros anos de carreira.
É claro que conquistar um Slam é um passo enorme e que traz suas armadilhas, ainda mais para jovens. Mas Sinner dá toda a impressão de que chegou para ficar e ganhar mais. Resta esperar como serão os próximos capítulos da carreira do italiano.
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