A chave masculina de Roland Garros começa neste domingo (26) e, provavelmente, tem início com sua disputa mais aberta dos últimos 20 anos, pelo menos.
Antes do primeiro saque da disputa, é difícil dizer quem levará o título. Os favoritos estão aí, mas todos eles chegam com pontos de interrogação que, de certa forma, impedem que a competição comece com um nome à frente dos demais.
Maior campeão de Grand Slams e atual vencedor de Roland Garros, Novak Djokovic nunca pode ser descartado. Mas o sérvio não faz boa temporada até aqui e soma derrotas incomuns. No ano, já perdeu para nomes de ranking bem mais baixo, como Luca Nardi, Alejandro Tabilo e, mais recentemente, Tomas Machac.
No saibro, jogou os Masters 1000 de Monte Carlo e Roma, e não se satisfez com seu desempenho. Por isso, optou por disputar o 250 de Genebra na semana anterior a Roland Garros. O resultado foi derrota para Machac na semi e, após o jogo, o próprio Novak admitiu que está jogando abaixo e que não pode ser visto como favorito em Paris. Mas, obviamente, um multicampeão como ele é sempre forte candidato em Slams.
Carlos Alcaraz e Jannik Sinner, outros dois nomes de peso, chegam ao torneio com dúvidas quanto ao lado físico, convivendo com lesões ao longo das últimas semanas. O espanhol sofre com problema no braço. Ele diz estar sem dores agora, mas jogou pouco no saibro, disputando apenas o Masters 1000 de Madri.
O italiano, por sua vez, ficou fora desde Madri, quando desistiu antes do jogo nas quartas de final, por conta de problema no quadril. Grande nome da temporada até aqui, Sinner também garante que não pensa nas dores antes do torneio.
Com os três grandes nomes em dúvida, e Daniil Medvedev não sendo especialista no saibro, as boas chances caem sobre os principais nomes fora do top 4.
Alexander Zverev ganhou Roma, Stefanos Tsitsipas venceu Monte Carlo, Andrey Rublev foi o campeão em Madri e, por fim, Casper Ruud levantou o troféu no forte ATP 500 de Barcelona.
Tsitsipas e Ruud já foram finalistas em Roland Garros, enquanto Zverev chegou à decisão no US Open. Eles esperam que tenha chegado o momento deles de levantar o troféu de Slam.
O alemão ganhou o "prêmio" de enfrentar Rafael Nadal na primeira rodada. O espanhol, 14 vezes campeão, é o maior nome da história do saibro e, apesar das dúvidas quanto à capacidade física, pode ser uma grande pedra no sapato.
Inclusive, Rafa é outra incógnita do torneio. Se conseguir bom nível físico e ritmo de jogo, será que pode brigar pelo 15º troféu? A princípio, e pelas derrotas em Barcelona, Madri e Roma, não parece. Mas se conseguir superar Zverev e pegar uma chave boa até as oitavas ou quartas, como duvidar de alguém deste nível e no palco de suas maiores consagrações?
Pelas odds da KTO Brasil, o equilíbrio pode ser visto, com valores próximos. Alcaraz é o que paga menos pelo título: 3,35 (como comparação, no feminino Iga Swiatek é a clara favorita, pagando abaixo de 1,60).
Logo depois, vem Djokovic, pagando 4,00. Na sequência, estão Sinner (5,00), Zverev (7,40), Tsitsipas (8,20) e Ruud (11,00). Confira todas as odds aqui. Use o código RAQUETE e tenha 20% de bônus no 1° depósito.
Quatro brasileiros jogam a chave
O Brasil estará representado em dose quádrupla na chave de Roland Garros. Além de Thiago Wild, que entrou direto, Thiago Monteiro, Felipe Meligeni e Gustavo Heide furaram o quali.
Com o número, o país bate sua melhor marca em quantidade de jogadores na chave principal de um Slam desde o US Open 2011. Naquela ocasião, Thomaz Bellucci, Rogério Dutra Silva, Ricardo Mello e João Souza jogaram.
O sorteio não foi amigo dos três que saíram do quali. Monteiro (foto) encara o sérvio Miomir Kecmanovic e, se repetir o nível que vem mostrando desde Madri, quando inclusive venceu Tsitsipas, pode até equilibrar as ações.
Heide, contra Sebastian Baez, e Meligeni, enfrentando Ruud, terão pela frente duas pedreiras. Jogadores que gostam do saibro e que têm maior costume e intensidade física e mental para cinco sets do que os brasileiros.
Wild enfrentará o dono da casa Gael Monfils. Chance para o brasileiro, diante de um tenista que, aos 37 anos, já está distante do melhor que apresentou. De qualquer forma, ainda é um jogador de bom nível e, com seu carisma e a torcida ao lado, pode transformar a quadra em um caldeirão.
Ao que tudo indica, será a chave mais imprevisível de Roland Garros em muito tempo. O domínio de Nadal, que ganhou 14 de 18 edições entre 2005 e 2022, acabou. Os principais nomes chegam sob dúvidas e alguns bons jogadores, mas ainda sem Slams, apresentaram boas credenciais no saibro e na temporada como um todo. A ver qual será o desfecho.
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